domingo, 15 de março de 2009

UMA ENTREVISTA

Poucos minutos atrás, eu estava apagando alguns arquivos antigos do computador, quando encontrei uma entrevista cujas perguntas me foram enviadas por e-mail por alunos de uma das muitas escolas de nossa Capital. Os alunos, educadamente, pediram-me que respondesse às questões, de preferência no mesmo dia, mas não disseram qual a escola em que estudavam. Também apenas se identificaram com o primeiro nome. Ao abrir a caixa de mansagem, às 22:00 horas, deparei-me com as perguntas e, como era caso de "extrema urgência", respondi na mesma hora. Nunca mais entraram em contato para comunicar qual foi o resultado da atividade, mas pelo menos enviaram um outro e-mail agradecendo.


Como disse no início, eu ia apagar a esntrevista da memória do computador... Mas resolvi postá-la aqui para eum tiver paciência para lê-la.




1-Você nasceu em qual cidade?

Nasci na cidade de São José de Ribamar, no dia 17 de fevereiro de 1970. Com alguns dias de vida, fui levado para Brasília e, depois, para Goiás, onde praticamente fui criado, na cidade de Luziânia, bem próxima a Brasília.

2-Quando você se descobriu poeta?

Para ser sincero, eu nunca me descobri Poeta, nem mesmo me considero poeta, mas sim apenas alguém que vez ou outra tenta fazer alguns versinhos. Mas tenho uma excelente relação com a poesia, ela me ajuda a entender o mundo, ou pelo menos tentar.

3-Você tem livros lançados? Quais são?

Tenho oito livros publicados. O nono sairá no dia 10 de outubro na II Feira do Livro de São Luís. Os títulos são (1) “Negra Rosa & Outros Poemas”, que é o primeiro e que tem duas edições esgotadas; (2) “A Mulher de Potifar”, reunião de duas peças teatrais de minha autoria; (3) “Versos de Desamor”, um pequeno livro que trazem poemas sobre desilusões; (4) “Estratégias para Matar um Leitor em Formação”, livro de caráter mais pedagógico que discute o papel da escola na formação de leitores; (5) “Restos de Vidas Perdidas”, um conjunto de contos que mostram a crua realidade das pessoas; (6) “50 Pequenas Traições”, contos bem cursos sobre adultérios em todos os sentidos. Além desses seis individuais, há mais dois me parceria com o escritor e amigo Dino Cavalcante, a saber: (7) Os Epigramas de Artur, um estudo sobre a poesia de Artur Azevedo; e “O Discurso e as Idéias”, coletânea de estudos sobre literatura e linguagem em geral.
Participo também de umas nove antologias fora do estado, escrevi aproximadamente uns 100 (cem) artigos para jornais e revistas
O nono livro a ser lançado se chama “Montello: o Benjamim da Academia”, um estudo sobre os bastidores da eleição de Josué Montello para a Academia Brasileira de Letras, em 1954.

4-Você já participou de festival de poesia. Se sim, obteve êxito ?

Nos moldes desses que temos no Maranhão, o Poemará, nunca participei, por ser tímido e por não concordar com o tipo de proposta que é apresentada. Mas já participei de Concurso e fui premiado no Rio de Janeiro (editora Litteris), no Rio Grande do Sul (Instituto da Poesia Internacional), Aqui no Maranhão (Prêmio Odylo Costa Filho, de contos) e novamente no Rio de Janeiro (Academia Brasileira de Letras)



5-Você se classifica um poeta contemporâneo(em sua forma de escrever)

Como disse antes, não me considero poeta. Mas quando escrevo poemas não sigo muito as normas da contemporaneidade. Ainda gosto dos versos metrificados, dos sonetos, dos Hai-cais e das estruturas mais tradicionais. Porém, quando escrevo contos, sigo a linha contemporânea, seguindo o estilo de Rubem Fonseca, Dalton Trevisan e Marcelo Rubem Paiva.



6-Qual o poeta maranhense o inspirou?

Gosto de ler todos os poetas, não só os maranhenses. Mas não tenho como negar a importância da obra de Ferreira Gullar em minha formação intelectual. Li tudo o que ele escreveu. Outros nomes a quem sempre recorro são José Chagas (paraibano que adotou o Maranhão), Bandeira Tribuzi e Nauro Machado.



7- A escola de poetas maranhenses esta com uma (safra) boa?

O Maranhão, atualmente, não tem uma “escola de poetas”, mas a safra de novos escritores é boa. Temos sempre novos nomes surgindo e alguns sobreviverão pelo talento nato e pelas releituras que fazem das obras de diversos escritores. Bons exemplos disso são Rosemary Rego, Antônio Ailton, Ricardo Leão, Bioque Mesito e outros...

8-São Luis ainda é a “Atenas brasileira”?

Não. Isso é coisa de um passado nostálgico e nem teria mais sentido hoje. O mundo e diferente, bastante globalizado, sem espaço para essa denominação.

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