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segunda-feira, 6 de abril de 2009

UM ARTIGO SOBRE MEU TRABALHO


É sempre bom tratar com pessoas inteligentes e estudiosas. Recentemente, a convite de minha estimada colega e amiga Honorina Carneiro, fui ministrar um curso de História Literária. Chegando ao local, deparei-me com algumas pessoas com quem havia perdido o contato e com outras com as quais o contato se iniciaria naquele exato momento. nesse último grupo estava a professora Iole Cutrim, que, como deve acontecer com todos os profissionais que se prezam, estava inscrita no curso para aprimorar seus conhecimentos.

Boa leitora e dona de um um bom cabedal de leitura, Iole colaborou ativamente com cada momento da disciplina e, ao final, quando foi pedido o último trabalho, resolveu escrever sobre minha modesta criação literária. repoduzo aqui, com todos os agradecimentos possível o texto de Iole Cutrim, um bom exemplo de sagacidade e acuidade leitora.


ACERTANDO AS CONTAS
Iole Cutrim Costa
(Professora da Rede Estadual de Ensino/Pós-Graduanda em Língua portuguesa e Literatura Brasileira pelo IESF)



Todas as vezes que temos necessidade de expor nossa opinião sobre qualquer assunto temos muitas dificuldades, mas quando vamos falar do que gostamos de verdade somos exagerados e nem um pouco modestos.Por isso falar de um escritor de que gosto na atualidade me faz ficar inundada de emoção, resolvi então desenvolver o meu trabalho em cinco tópicos:

Nunca tinha vivido uma experiência tão inusitada como esta de ser aluna de um escritor, por isso quando ele pediu que fizéssemos um trabalho para fechar a disciplina resolvi falar sobre ele, um Homem/Escritor ou um Escritor/Homem,é difícil separar um do outro, assim como é difícil fazer uma única análise de suas obras. Em 50 pequenas traições, por exemplo ele usa o humor para tratar das questões que envolvem os relacionamentos, por isso o leitor tem emoções diversas ao ler as abordagens feitas por ele,sem contar que a brevidade dos textos possibilita uma leitura agradável.


Então o que falar do estilo do meu agora escritor predileto: acho que ele é intenso quando escreve crônicas, poesias ou simplesmente retoma temas abordados ao longo dos anos na literatura, ou ainda dizer que dos Restos de Vidas Perdidas, dos Epigramas de Artur, com pitadas de 50 Pequenas traições, ou ainda relatos de um Montello: o Benjamim da Academia”,são textos e pretextos que traduzem a essência de um escritor Maranhense que deixa sua marca nos anais da literatura e prende a atenção daqueles que tem a sorte de ler seus escritos.


Realmente estou impressionada com acabei de ler, Os Epigramas de Artur e me veio à mente o seguinte pensamento: é uma obra Dinoneriana ou Neresdiniana,adorei os comentários dos Epigramas, preciso agora ler Estratégias para Matar um Leitor em Formação, com certeza em mim terá o efeito contrário.


Espero que em um futuro próximo a arte de escrever seja valorizada e que um escritor seja reconhecido em vida, afinal escrever não é nada fácil,ainda mais quando se desnuda os sentimentos ocultos e somos desmascarados,pois dentro de cada um de nós existem desejos que teimamos esconder-se. O livro Restos de Vidas Perdidas não poderia ter outro nome pois o autor ironicamente antes de cada crônica noticiada, escreve fragmentos de leis, salmos e dizeres que deveriam sair do papel e postos em prática. Os temas lidos no sumário nos dão a falsa idéia de que leremos algo singelo,entretanto, quando folheamos o Álbum de Recortes e desamarramos Os Laços de Família temos sede de Um Acerto de Contas, sem arrependimentos, sentimos o Inebriante Cheiro de Cola, que esconde o bom moço, Entre Paredes, da loucura, que deixa A marca de um beijos como a Vingança de uma Crônica de um futuro anunciado.

domingo, 5 de abril de 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

UMA RESENHA DE FLAVIANO



Flaviano e Mariane estão lutando para divulgar as letras maranhenses. No blog www.maranharte.blogspot.com, eles vão tecendo palavras e cumprindo com um papel que seria de todos os que gostam do Maranhão, mas que, infelizmente, poucos levam a sério.

No espaço abaixo, reproduzo uma resenha de Flaviano a respeito de meu mais recente livro, Montello: O Benjamim da Academia. Agradeço a ele e, mesmo sem permissão transcrevo aqui o trabalho







RESENHA

Flaviano Menezes
Graduando do curso de Filosofia (UFMA)

O livro Montello: O Benjamim da Academia, de José Neres (professor de Literatura da UFMA e autor de Os epigramas de Artur, em parceria com o professor Dino Cavalcante, de 2000; Estratégias para matar um leitor em formação (2005); 50 pequenas traições (2007), dentre outros) é a princípio dirigido ao público que gosta de literatura e principalmente deseja saber como um escritor consegue a “imortalidade” da Academia Brasileira de Letras. Nesse caso, seguiremos os últimos passos percorridos pelo maranhense Josué Montello até ingressar na tão almejada Casa de Machado de Assis.


José Neres não se apresenta como um pesquisador que se preocupa em parecer “sofisticado”, procurando sempre um termo pomposo para aparentar ser mais acadêmico, algo que acontece em demasia em nossas atuais, eruditas e entediantes obras bibliográficas. A análise sobre como o autor de Os tambores de São Luis conseguiu em 1954 a cadeira que outrora pertenceu ao também maranhense Artur Azevedo é menos acadêmica do que outras obras desse gênero e talvez por isso torna-se uma vantagem lê-la, isso porque, a finalidade da obra parte exatamente da preocupação de um pesquisador em apresentar os fatos, sendo ele próprio um observador, com notas necessários, mas sem aqueles dispensáveis comentários tendenciosos.

Josué Montello nasceu em São Luís, em 21 de agosto de 1917. Estudou na escola Modelo Benedito Leite, onde fez o curso primário, e posteriormente no Liceu Maranhense. Ainda no Liceu dirigiu A Mocidade, onde publicou seus primeiros trabalhos literários. Ingressa na Sociedade Literária Cenáculo Graça Aranha e começa a colaborar nos principais jornais da cidade (Folha do Povo e O Imparcial). Ao mudar-se para Belém do Pará, consegui publicar seu livro de estréia e aos dezoito anos torna-se membro do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Muda-se novamente, agora para o Rio de Janeiro, em 1938 e integra o grupo de intelectuais “Dom Casmurro”, colaborando com esse periódico e outros jornais da capital. Em 1939, aos vinte dois anos de idade estava na Academia Brasileira de Letras lendo seu artigo “A índole da língua e a frase de Machado de Assis” e iniciando uma aspiração que só conseguia concretizar quinze anos mais tarde: a de ser um imortal das letras brasileiras.


O livro de José Neres começa esclarecendo porque Montello já se mostrava um acadêmico antes mesmo de adentrar com o fardão naquele templo das letras e como era querido pelos outros escritores e até pelos críticos literários, como o discordante Agrippino Grieco, que, em nota sobre a eleição de Montello para a Academia declarou essa pérola; “Isto não é novidade, o Montello é acadêmico desde a escola primária.


A política interna da Academia, as expectativas, a candidatura, as cartas de pedido de voto, o auxílio indispensável de Viriato Corrêa, a votação e a vitória de Montello para a cadeira de número vinte e nove são alguns dos assuntos desvendados por Neres nesse necessário e instigante trabalho de pesquisa, trabalho este que se utiliza também de cartas, notas de jornais e fotos do momento mais glorioso que um escritor pode almejar. Em suma: um livro muito bem escrito, em linguagem acessível e que, sem grandiloquências, dá uma lição de como apresentar um grande escritor para uma nova geração de leitores (e pesquisadores) que está se formando no Maranhão.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

DOIS POEMAS




Hoje não tem comentários, apenas dois poemas para nosso domingo!